30 de setembro de 2009
80 na borboleta
Era uma vez em Petrópolis. Uma tarde como só a cidade de Pedro sabe brindar-nos. A chuva amainara, o frio fugira do sol dadivoso, a natureza engalanada de pássaros em coloridos gorjeios. De repente, uma borboleta atrai nossa atenção. Não pelo tamanho, pequenina, mas pela ousadia de nos interromper o assunto animado e,sobretudo, pelo ziguezagueado insistente em nossa volta na ânsia, por certo, de despertar-nos a curiosidade. Quem descobriu primeiro? José Eduardo, a Paola ou o velho que te convida a partilhar da misteriosa visão? A garota visitante num florido meneio de asas matizadas logo pousou num dos braços da espreguiçadeira da varanda. E num incessante bambolear de asas ofereceu-nos aos olhos a mais misteriosa inscrição em cores salientes, pela natureza pintada em cima e em baixo de cada uma das inquietas asinhas. Num lampejo de tempo, lamentamos o esquecimento no Rio de uma testemunha inequívoca do menos sonhado dos fenômeno: uma filmadora ou máquina fotográfica. Apenas pensamos e mal tentávamos tê-la nas mãos, para espanto de todos quantos fossem informados do fato, quando retomando o gracioso bamboleio nos deixou a ver não navios, mas bem visível, por sobre e por baixo de cada uma das asas, traçado pelas divinas mãos o número 80, em caracteres grandes e negros! Dois meses fazia que eu completara 80 anos! Seria mais uma da Léa Maria?
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