"Enquanto eu assopro a palma da mão para ver bolhas de sabão fugirem pelo ar,as borboletas que moram em minha alma saem todas para passear."

sábado, 27 de outubro de 2012

Dadi Nirmal Shanta


"Crie bons pensamentos de manhã. Sustente-os durante o dia. E, à noite, acabe com pensamentos negativos, entregando-os a Deus.
Quando você tem essa atenção em sua agenda diária, mudança definitivamente acontece. Tudo depende da sua atitude.
Quando há profunda realização e vontade de mudar, Deus ajuda no que você precisa. Não deixe esse desejo enfraquecer.
Seja o que você fizer, faça com amor e com o coração. Assim sua vida se tornará muito elevada."

Dadi Nirmal Shanta

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Menina da lua

(LAÉRCIO JOSÉ  PEREIRA)

Braços abertos,
Coração de abraços,
Abraços...

Boca entreaberta,
Coração de beijos,
Beijos...

Volúpia louca,
Coração alado,
Pulsar febril,
Mas efêmero.
Loucuras adolescentes,
Loucuras...

É a lua,
Clareando,
Abraçando,
Beijando,
Enlouquecendo...
Minha lira sedenta de encantamentos,
E arrebatamentos, e paixão, e poesia.

Braços abertos,
Coração de abraços,
Abraços...

Boca entreaberta,
Coração de beijos,
Beijos...

Volúpia louca,
Coração alado,
Pulsar febril,
Mas efêmero.
Loucura adolescente,
Loucura...

É a menina da lua,
Clareando,
Abraçando,
Beijando,
Enlouquecendo...
Minha lira sedenta de encantamentos,
E arrebatamentos, e paixão, e poesia.

(LAÉRCIO JOSÉ  PEREIRA)

Sabedoria Canina

Você já se imaginou agindo com a Sabedoria Canina?
A vida teria uma perspectiva muito mais amistosa.
Tente:

1. Nunca deixe passar a oportunidade de sair para um passeio.

2. Experimente a sensação do ar fresco e do vento na sua face por puro prazer.

3. Quando alguém que você ama se aproxima, corra para saudá-la(o).

4. Quando houver necessidade, pratique a obediência.

5. Deixe os outros saberem quando invadiram o seu território.

6. Sempre que puder tire uma soneca e se espreguice antes de se levantar.

7. Corra, pule e brinque diariamente.

8. Coma com gosto e entusiasmo, mas pare quando estiver satisfeito.

9. Seja sempre leal.

10. Nunca pretenda ser algo que você não é.

11. Se o que você deseja está enterrado, cave até encontrar.

12. Quando alguém estiver passando por um mau dia, fique em silêncio,

sente-se próximo e, gentilmente, tente agradá-lo.

13. Quando chamar a atenção, deixe alguém tocá-lo.

14. Evite morder quando apenas um rosnado resolver.

15. Nos dias mornos, deite-se de costas sobre a grama.

16. Nos dias quentes, beba muita água e descanse embaixo de uma árvore frondosa.

17. Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.

18. Não importa quantas vezes for censurado, não assuma a culpa que

não tiver e não fique amuado... corra imediatamente de volta para seus amigos.

19. Alegre-se com o simples prazer de uma caminhada.

( Autoria desconhecida)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O contrário do amor

 Martha Medeiros


O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: você não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, ir para o colégio de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

( Crônica publicada em Abril de 1999 )

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A MIRAGEM

"Marcus Viana"
 
Ah! Se pudéssemos contar
As voltas que a vida dá
Prá que a gente possa
Encontrar um grande amor...

É como se pudéssemos contar
Todas estrelas do céu
Os grãos de areia desse mar
Ainda assim...

Pobre coração
O dos apaixonados
Que cruzam o deserto
Em busca de um oásis em flor
Arriscando tudo por
Uma miragem
Pois sabem que há uma fonte
Oculta nas areias...

Bem aventurados
Os que dela bebem
Porque para sempre
Serão consolados...

Somente por amor
A gente põe a mão
No fogo da paixão
E deixa se queimar
Somente por amor...

Movemos terra e céus
Rasgando sete véus
Saltamos do abismo
Sem olhar prá trás
Somente por amor
E a vida se refaz...

Somente por amor
A gente põe a mão
No fogo da paixão
E deixa se queimar
Somente por amor...

Movemos terra e céus
Rasgando sete véus
Saltamos do abismo
Sem olhar prá trás
Somente por amor
A vida se refaz
E a morte não é mais
Prá nós!...

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Rubem Alves


“É isto que amamos nos outros: o lugar vazio que eles abrem para que ali cresçam as nossas fantasias. Buscamos, no outro,
não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta;
não a solidez do músculo, mas o colo que acolhe.
Como seria bom se as outras pessoas fossem vazias como o céu, e não tão cheias de palavras, de ordens, de certezas.
Só podemos amar as pessoas que se parecem com o céu,
onde podemos fazer voar nossas fantasias como se fossem pipas.”

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ELEGÂNCIA

(MARTHA MEDEIROS)


Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas,...
quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer… porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. É elegante o silêncio, diante de uma rejeição…Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo,a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens…
Abrir a porta para alguém é muito elegante…
Dar o lugar para alguém sentar… é muito elegante…
Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma…
Oferecer ajuda… é muito elegante…
Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante…
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.