"Enquanto eu assopro a palma da mão para ver bolhas de sabão fugirem pelo ar,as borboletas que moram em minha alma saem todas para passear."

sábado, 26 de maio de 2012

O que o vento não levou...

O que o vento não levou...

"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar:

um estribilho antigo,
um carinho no momento preciso,
o folhear de um livro de poemas,
o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."
Mário Quintana
Relacionar-se é uma das maiores coisas da vida:
é amar, compartilhar.
Para amar ...é preciso transbordar de amor e para compartilhar é preciso ter (amor).
Quem se relaciona respeita e não possui.
A liberdade do outro não é invadida,
ele permanece independente.
Possuir é destruir todas as possibilidades de se relacionar.
Relacionar é um processo.
Relacionamento é diferente de relacionar-se:
é completo, fixo, morto.
Antes devemos nos relacionar conosco mesmos e escutar o coração para a vida ir além do intelecto, da lógica, da dialética e das discriminações.
É bom evitar substantivos e enfatizar os verbos.
A vida é feita de verbos:
amar, cantar, dançar, relacionar, viver.
(OSHO)

Na berlinda, o coração



 (Ana Jácomo)
Há momentos em que tudo o que a gente precisa é dar colo para o próprio coração. Aconchegá-lo. Deixar que perceba que naquele instante todas as outras coisas podem nos esperar um pouco; ele, não. Ele é o nosso rei e o nosso reino. O papel para desenho e a caixa de lápis de cor. A música e a orquestra. Nossa bússola e nosso mar. A flor, o pólen, a borboleta, ao mesmo tempo. A colméia e o mel. O centro onde tudo principia e para o qual tudo converge. Ele não pode esperar.
O coração da gente gosta de atenção. De cuidados cotidianos. De mimos repentinos. De ser alimentado com iguarias finas, como a beleza, o riso, o afeto. Gosta quando espalhamos os seus brinquedos no chão e sentamos com ele para brincar. E há momentos em que tudo o que ele precisa é que preparemos banhos de imersão na quietude para lavarmos, uma a uma, as partes que lhe doem. É que o levemos para revisitar, na memória, instantes ensolarados de amor capazes de ajudá-lo a mudar a frequência do sentimento. Há momentos em que tudo o que precisa é que reservemos algum tempo a sós com ele para desapertá-lo com toda a delicadeza possível.



Itinerário
(Ana Jácomo)

Não quero viver como uma planta que engasga e não diz a sua flor. Como um pássaro que mantém os pés atados a um visgo imaginário. Como um texto que tece centenas de parágrafos sem dar o recado pretendido. Que eu saiba fazer os meus sonhos frutificarem a sua música. Que eu não me especialize em desculpas que me desviem dos meus prazeres. Que eu consiga derreter as grades de cera que me afastam da minha vontade. Que a cada manhã, ao acordar, eu desperte um pouco mais para o que verdadeiramente me interessa.
Não quero olhar para trás, lá na frente, e descobrir quilômetros de terreno baldio que eu não soube cultivar. Calhamaços de páginas em branco à espera de uma história que se parecesse comigo. Não quero perceber que, embora desejasse grande, amei pequeno. Que deixei escapulir as oportunidades capazes de bordar mais alegrias na minha vida. Que me atolei na areia movediça do tédio. Que a quantidade de energia desperdiçada com tantas tolices poderia ter sido útil para levar luz a algumas sombras, a começar pelas minhas.
Que eu saiba as minhas asas, ainda que com medo. Que, ainda que com medo, eu avance. Que eu não me encabule jamais por sentir ternura. Que eu me enamore com a pureza das almas que vivem cada encontro com os tons mais contentes da sua caixa de lápis de cor. Que o Deus que brinca em mim convide para brincar o Deus que mora nas pessoas. Que eu tenha delicadeza para acolher aqueles que entrarem na roda e sabedoria para abençoar aqueles que dela se retirarem.
Que, durante a viagem, eu possa saborear paisagens já contempladas com olhos admirados de quem se encanta pela primeira vez. Que, diante de cada beleza, o meu olhar inaugure detalhes, ângulos, leituras, que passaram despercebidos no olhar anterior. Que eu me conceda a bênção de ter olhos que não se fechem ao espetáculo precioso da natureza, há milênios em cartaz, com ou sem plateia. Quero aprender a ser cada vez mais maleável comigo e com os outros. Desapertar a rigidez. Rir mais vezes a partir do coração.
Quero ter cuidado para não soltar a minha mão da mão da generosidade, durante o percurso. E, quando soltá-la, pelas distrações causadas pelo egoísmo, quero ter a atenção para sincronizar o meu passo com o dela de novo. Quero ser respeitosa com as limitações alheias e me recordar mais vezes o quanto é trabalhoso amadurecer. Quero aprender a converter toda a energia disponível às mudanças que me são necessárias, em vez de empregá-la no julgamento das outras pessoas.
Que as dificuldades que eu experimentar ao longo da jornada não me roubem a capacidade de encanto. A coragem para me aproximar, um pouquinho mais a cada dia, da realização de cada sonho que me move. A ideia de que a minha vida possa somar no mundo, de alguma forma. A intenção de não morrer como uma planta que engasgou e não disse a sua flor



"Sempre existe no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio de um deserto, seja no meio das grandes cidades. E quando estas pessoas se cruzam, e seus olhos se encontram, todo passado e todo futuro perde qualquer importância, e só existe aquele momento, e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do sol foram escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gêmea para cada pessoa que trabalha, descansa e busca tesouros debaixo do sol. Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana..."

(Paulo Coelho)

O ENCANTO NOSSO DE CADA DIA!

Padre Fábio de Melo

Ainda bem que o tempo passa! Já imaginou o desespero que tomaria conta de nós se tivéssemos que suportar uma segunda-feira eterna?
A beleza de cada dia só existe porque não é duradoura. Tudo o que é belo não pode ser aprisionado, porque aprisionar a beleza é uma forma de desintegrar a sua essência. Dizem que havia uma menina que se maravilhava todas as manhãs com a presença de um pássaro encantado. Ele pousava em sua janela e a presenteava com um canto que não durava mais que cinco minutos. A beleza era tão intensa que o canto a alimentava pelo resto do dia. Certa vez, ela resolveu armar uma armadilha para o pássaro encantado. Quando ele chegou, ela o capturou e o deixou preso na gaiola para que pudesse ouvir por mais tempo o seu canto.
O grande problema é que a gaiola o entristeceu, e triste, deixou de cantar.
Foi então que a menina descobriu que, o canto do pássaro só existia, porque ele era livre. O encanto estava justamente no fato de não o possuir. Livre, ele conseguia derramar na janela do quarto, a parcela de encanto que seria necessário, para que a menina pudesse suportar a vida. O encanto alivia a existência...Aprisionado, ela o possuia, mas não recebia dele o que ela considerava ser a sua maior riqueza: o canto!
Fico pensando que nem sempre sabemos recolher só encanto... Por vezes, insistimos em capturar o encantador, e então o matamos de tristeza.
Amar talvez seja isso: Ficar ao lado, mas sem possuir. Viver também.
Precisamos descobrir, que há um encanto nosso de cada dia que só poderá ser descoberto, à medida em que nos empenharmos em não reter a vida.
Viver é exercício de desprendimento. É aventura de deixar que o tempo leve o que é dele, e que fique só o necessário para continuarmos as novas descobertas.
Há uma beleza escondida nas passagens... Vida antiga que se desdobra em novidades. Coisas velhas que se revestem de frescor. Basta que retiremos os obstáculos da passagem. Deixar a vida seguir. Não há tristeza que mereça ser eterna. Nem felicidade. Talvez seja por isso que o verbo dividir nos ajude tanto no momento em que precisamos entender o sentimento da tristeza e da alegria. Eles só são suportáveis à medida em que os dividimos...
E enquanto dividimos, eles passam, assim como tudo precisa passar.
Não se prenda ao acontecimento que agora parece ser definitivo. O tempo está passando... Uma redenção está sendo nutrida nessa hora...
Abra os olhos. Há encantos escondidos por toda parte. Presta atenção. São miúdos, mas constantes. Olhe para a janela de sua vida e perceba o pássaro encantado na sua história. Escute o que ele canta, mas não caia na tentação de querê-lo o tempo todo só pra você. Ele só é encantado porque você não o possui.
E nisto consiste a beleza desse instante: o tempo está passando, mas o encanto que você pode recolher será o suficiente para esperar até amanhã, quando o pássaro encantado, quando você menos imaginar, voltar a pousar na sua janela.

"Paisagens"

"Paisagens"
Ana Jácomo
A poesia também nasce do desejo de fotografar
o lugar do sentimento.

Entusiasmo é quando o coração da gente fica todo florido de Deus!
ANA JÁCOMO

A poesia é capaz de alcançar em cada pessoa o lugar onde toda gente se encontra.

Ana Jácomo

Não deixe de desejar um dia melhor.
Ainda que hoje seja o dia mais que perfeito.
Onde tudo se encaixou e você encantou.
Onde as pessoas foram amáveis e você faturou muito.
Ainda assim, tudo pode ser melhor.
Estamos nos acostumando com as coisas e notícias ruins.
E quando chega aquele dia gostoso, de paz, de coisas boas,
ficamos desconfiados.
Tipo: me belisca para ver se eu já acordei!
Pois é, mas o comum, não é ter somente dias de dores.
O que deveria ser comum é o dia feliz!
Um dia de muita risada, muita conversa. muitos beijos, muitos abraços,
“amassos”, comidinha quente e gostosa.
Ah! e é claro; muitos amigos.
Coisa boa não é?
Pois pense assim, pense como criança.
Lembra quando você era criança?
O grande barato era acordar para brincar mais um pouco.
Havia tanta coisa para fazer…
E se você teve o privilégio de crescer em um ambiente aberto,
com ruas largas, as vezes sem asfalto, campinhos, árvores,
ai então, era só alegria…
lembra?
Qual era o segredo desse tempo?
Pense…vou te dar mais uns segundos…
O grande segredo das crianças é não fazer planos.
É acordar para viver intensamente o dia que começa.
Criança não fica parada elaborando planos de vingança,
nem fica pensando como vai fazer para fazer uma maldade.
Tudo acontece espontaneamente…
Então, acredite que o dia pode ser melhor e será.
Deixe-se contagiar pela alegria da infância.
Despreocupe-s e um pouco.
Mesmo sendo médico cirurgião com uma grande cirurgia pela frente.
Deixe-se guiar pelo seu aprendizado, e depois do trabalho bem feito,
solte-se numa cadeira e se ela for giratória,
aproveite e brinque como se fosse um parque de diversões.
Talvez a vida não passe disso, um grande parque com muitos brinquedos.
Só que muita gente anda com medo de se soltar e se divertir.
O dia pode ser muito melhor!
Acredite, lute, sonhe e realize.
Eu acredito em você.
___________________
Paulo Roberto Gaefke
Existe algo em um simples abraço que sempre aquece o coração...

ABRAÇO

Abraço é aconchego gostoso,
Afago doce, caloroso,
Que de tão espontâneo ninguém percebe,
Que é troca que logo se recebe.
Troca de boas energias,
Que tem sabor,traz alegria,
Abraço é coisa de quem ama,
E vive em perfeita sintonia.
Abraço é mais que se tocar,
É uma forma de se dar,
Abraço é fala sem palavras,
E como é bom poder assim falar.
Falar apenas com o coração,
Nesta entrega que faz tanto bem,
E tão rápida é a troca,
Que quando um vai, o outro já vem.
Abraço é gesto de ternura,
Um carinho que perdura,
Abraço é beijo na alma,
É carícia da forma mais pura.
(Célia Jardim)

domingo, 20 de maio de 2012


"Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja ou do mal que tenha feito para mim. Que o respeito comigo mesma seja sempre obedecido com a paz de quem está se encontrando e se conhecendo com um coração maior. Um encontro com a vontade de paz e o desejo de viver.”
(Caio Fernando de Abreu)
“Um dia aprendi que sonhos existem para tornar-se realidade.
E, desde aquele dia, já não durmo pra descansar.
Simplesmente durmo pra sonhar.”
Walt Disney

AO SOL

Poema celta

AO SOL

Eu te saúdo, Sol das estações,
Na tua viagem pelos altos céus.
Rasto indelével no cimo dos montes,
Senhor amável de todas as estrelas.

Mergulhas sereno nas trevas do mar
Ninguém te toca e nada tu sofres.
Depois te levantas da calma das ondas
Como jovem príncipe coroado de rosas.


(ANA JÁCOMO)
Cheguei à janela e olhei para o céu, um movimento que faço várias vezes até sentir o meu dia concluído e esperar a vinda do novo, no cais que fica depois do sono. Entendi, de repente, porque gosto tanto da noite, desde sempre: pelo silêncio dela. Eu sei que o silêncio pode ser ameaçador. Sei que muitas vezes põe pra tocar, no volume mais alto, músicas que nossos sentimentos cantam e que falam de coisas que a gente nem sempre quer ouvir. Mas o silêncio é também alimento. O silêncio é também descanso.

Força



(Ana Jácomo)
O que revela a nossa força não é sermos imbatíveis, incansáveis, invulneráveis. É a coragem de avançar, ainda que com medo. É a vontade de viver, mesmo que já tenhamos morrido um pouco ou muito, aqui e ali, pelo caminho. É a intenção de não desistirmos de nós mesmos, por maior que às vezes seja a tentação. São os gestos de gentileza e ternura que somente os fortes conseguem ter.

sábado, 12 de maio de 2012

A MÚSICA DE CADA UM

(Ana Jácomo)
Há no coração de cada um de nós, por essência, uma música que é somente nossa, inigualável, intransferível. Por várias razões, conhecidas ou não, às vezes aprendemos desde muito cedo a diminuir, gradativamente, o seu volume e a inventar ruídos que nada tem a ver com ela para nos relacionarmos com nós mesmos e com os outros. Até que chega um tempo em que desaprendemos a entrar no nosso próprio coração para ouvi-la e, porque não passeamos mais nele, porque não a ouvimos mais, não é raro esquecermos completamente que ela existe. Mas, como toda ignorância, toda indiferença, toda confusão, não são capazes de apagar a beleza original dessa partitura impressa na alma, ela continua tocando, ainda que de forma imperceptível. Continua tocando, à espera do dia em que, de novo ou pela primeira vez, possamos aumentar o seu volume, trazê-la à tona, compartilhá-la. Continua tocando, e alguns são capazes de ouvi-la mesmo quando não conseguimos.

Todo encontro genuíno de amor é também o encontro de duas pessoas que conseguem ouvir a música uma da outra e sentir alegria e descanso com aquilo que ouvem. Conseguem ouvir, não importa quantos ruídos tenham inventado pelo caminho, tantas vezes para se proteger da dor afastando a vida.

IMPERMANÊNCIA

(Ana Jácomo)

Tenho uma amiga que diante das circunstâncias mais difíceis costuma afirmar: “E isto também passará!” Pura verdade. Tudo passa. Nada permanece inalterado. Nada permanece o tempo todo, do mesmo modo, no mesmo lugar. Inclusive aquilo que gostaríamos que não passasse nunca. Aprendi, embora tantas vezes esqueça e as circunstâncias me convidem a relembrar, que a ordem natural das coisas é a fluência, o movimento. O fechamento de um ciclo e a inauguração de outro.

A natureza, que tem dado claros sinais de contrariedade com o pseudocontrole dos homens, há séculos dá aulas gratuitas a respeito disso, com ou sem platéia. É só a gente olhar para as várias feições da lua. Para o movimento das ondas do mar. Para os diferentes tons do céu num período de 24 horas. Para a dança da floração das plantas. Para o caminho que a semente faz até se vestir de fruto. Intimamente, basta olharmos pra nós mesmos, usando o espelho de fora ou o espelho de dentro.

Durante a nossa jornada temos inúmeras oportunidades para olharmos nos olhos da morte. Com o tempo, começamos a perceber que, no fundo, ela não é outra coisa senão um jeito diferente que a vida arruma para se vestir. Mas, ai, como costuma ser difícil lidar com as mudanças da nossa própria vida. Como é difícil assumir a morte das coisas, mesmo as mais moribundas, sobreviventes apenas pelos tubos do apego. Como é difícil arrumar os armários do próprio coração. Ter coragem para se desfazer daquilo que já não nos serve e sabemos que não irá mais nos servir. Crenças. Padrões. Expectativas. Auto-imagens.

Há fases em que somos tocados com tanta rispidez pelas experiências do nosso caminho, que, muitas vezes, sem sequer percebermos, trocamos de mal com o riso, com a felicidade, com o compromisso maior, aquele que temos com o nosso coração. De alguma maneira, geralmente sutil, rompemos com tudo. Com todos. Principalmente, com nós mesmos. Sentimo-nos muito tristes e tentamos paralisar o movimento da vida a partir do núcleo do nosso medo.

Fases em que não nos encantamos com mais nada. Esquecemos o gosto bom das alegrias mais simples. Vedamos nossos olhos à grandeza do milagre presente em todas as coisas. Agarramo-nos à nossa dor com tanto zelo que nem o ser mais luminoso e bem intencionado do universo parece ser capaz de nos dissuadir de soltá-la. Assustados, na tentativa de nos protegermos de mais dor, ignoramos que a dor maior é a própria estagnação. A tentativa de interrupção do fluxo. A negação em nos rendermos, outra vez, à dança da vida.

Nessas fases doídas da caminhada, a gente esquece, sim, de que tudo passa. Esquece, sobretudo, que precisamos permitir que passe. E que não há muito o que fazer nesses momentos, senão entregar e confiar, eta tarefa difícil. Deixar que as coisas morram e abram espaço para o novo. Aceitar o intervalo da travessia, em que as coisas não têm mais a forma antiga nem ainda a forma nova. O tempo da crisálida: nem mais lagarta nem vôo ainda. Respeitar a cadência natural das gestações. Lembrar que precisamos ser delicados e generosos com nós mesmos para atravessar a frente fria até o sol surgir de novo. Lembrar que tudo é impermanente.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

meu sonho voou na bolha
na bolha de sabão
da cor do açafrão voou meu sonho
voou veloz
por entre as nuvens de azul monet
com nuvenzinhas formando bouquet
meu sonho cresceu...cresceu...ficou rosé
quis ser estrela dentro da bolha
quis ser estrada, quis ser cometa
quis ser planeta na imensidão
mas era só um sonho sozinho
dentro de uma bolha de sabão...

Mariza Alencastro
(Madrigal dos passarinhos-
http://luamarinheira.blogspot.com.br/)
                      Bolhas de sabãoSopradas no ar da manhãExalam arco-íris.Ronaldo Bomfim
Bolhas de sabão
Sopradas no ar da manhã
Exalam arco-íris.

Ronaldo Bomfim